O período que vai de 1930 a 1945, a partir da derrubada do presidente Washington Luís até a volta do país à democracia em 1945, é chamado de Era Vargas, em razão do forte controle de Getúlio Dorneles Vargas, que assumiu o controle do país no período.
Em 1 de março de 1930 ocorre a última eleição presidencial da República Velha. Disputaram essa eleição o governador de São Paulo Júlio Prestes de Albuquerque apoiado pelo presidente Washington Luís e por 17 estados contra o candidato Getúlio Vargas apoiado apenas por 3 estados: Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul. Júlio Prestes é eleito e aclamado presidente, porém os perdedores não reconheceram sua vitória.
Assim, em 1930, acontece a Revolução de 1930 iniciada a 3 de outubro. Quando as tropas revolucionárias marcharam para o Rio de Janeiro, então capital federal, ocorre a 24 de outubro um golpe militar que depõe e presidente Washington Luís e forma uma Junta Militar Provisória, que então passa o poder a Getúlio Vargas, encerrando a República Velha e iniciando o Governo Provisório. Logo após a tomada do poder, Getúlio Vargas nomeou interventores federais para governar os estados.
Os paulistas, que mantinham um esquema de domínio político junto com Minas Gerais durante a primeira república, tentam articular uma revolução em 1932 para depor Getúlio Vargas. A justificativa encontrada pelas oligarquias locais para buscar apoio do povo é que o país precisava de uma Constituição, pois, desde 1930, Getúlio Vargas dizia que assumia provisoriamente a presidência e que o mais cedo possível entregaria uma nova Constituição ao país, com a subsequente realização de eleições para presidente. Daí o nome de Revolução Constitucionalista de 1932, deflagrada a 9 de julho. Depois de 3 meses de luta, a qual foi a maior guerra civil brasileira de todos os tempos Getúlio Vargas sai vitorioso. Finalmente em 3 de maio de 1933, são feitas eleições para uma Assembleia Nacional Constituinte que em 1934 elege Getúlio Vargas presidente da república.
Em 1934, no entanto, o país ganha uma Constituição. Getúlio Vargas é eleito presidente. Este governo constitucional durou três anos até 1937. Foram anos conturbados, em que ocorre certa polarização na política nacional.
Graças ao clima de pânico provocado pela polarização política, Getúlio Vargas articula uma situação que lhe permite decretar um golpe de estado dois meses antes da eleição presidencial marcada para janeiro de 1938. Em 10 de novembro de 1937, Getúlio Vargas anuncia o Estado Novo.
A justificativa primária do golpe é a existência de um plano comunista para a tomada do poder, apoiado por Moscou - é o chamado Plano Cohen. Posteriormente descobriu-se que o plano foi uma armação dos agentes de Getúlio Vargas. O apoio militar e o apoio da classe média garante o sucesso do golpe, pois há algum tempo cresciam os temores de que o comunismo poderia promover uma revolução no Brasil.
Getúlio Vargas consegue prolongar seus anos de presidência até 1945. Ao término da segunda guerra mundial, fazia pouco sentido que Getúlio Vargas continuasse no poder. O fascismo fora derrotado e Getúlio Vargas é forçado a renunciar em 29 de outubro de 1945 pelas forças armadas.